É preciso seduzir a vida para que ela lhe traga encantos...
... caso contrário, é uma mera sobrevivência!
Aos meus pais, que tão separados, doaram partes do meu ser, em sonho e pedra, completando-me. Ao meu filho, pedaço de mim, que teceu uma outra história onde eu pudesse viver sem medo. À minha neta, Laís-flor-menina, que conhece os caminhos do meu sorriso. Ao meu esposo, que me fez entender que o amor, só o amor é capaz de reconstruir nossas demolições íntimas, sem nenhum esforço...
domingo, 9 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Palavras
Há palavras que são insolúveis, metalizadas. Não há como aconchegá-las ao peito. Alfinetes que são, doem se ficam cristalizadas na gente. Doem e se transformam em feridas. Houve um tempo, que amarga com os sonhos que deixei de ter, andei guardando muitas delas, mas um dia resolvi jogá-las no tempo, curador de feridas, para que dissolvessem... flutuam, mas não mais dou-lhes o lugar que já foi tomado pelo encanto da palavra neta, primavera e paz. Ontem pensei nas palavras que obrigatoriamente devemos semear.Essas não podem ser contidas e quanto mais se doa, mais se tem. Correnteza.Descubro as palavras que ora são escritas nas folhas incolores ou nos sorrisos, outras são apenas lidas nas entrelinhas de cada alma. Na doçura do aprender tem também aquelas que mágicas, reveladas ou retiradas de repente de alguma cartola,como alegria e descobrir. Outras nascem na gente com o tempo...como saudade. Dizia que há palavras que são insolúveis e outras no entanto são solúveis demais, se misturam e se integram. Coexistem. Sustentar é uma delas. Conviver é outra. Há outras que monossílabas, desatam o nó do tempo, e circulam pelos nossos poros e veias..essas palavras o tempo não leva, têm livre acesso em nossas vidas, pois como alimento, são necessidade: pai, mãe, mão, pão...luz também. Algumas palavras jorram, outras presas são reféns do nosso orgulho ou medo. Outras delicadas, ficam explicitas nos olhos, nos beijos, no carinho. Existem palavras doces, cicatrizantes...outras duras, pedras que o vento não pode carregar, e vão construindo muros e muralhas capazes de isolar...preconceito é assim, pedra certeira. Hoje, depois de colecionar tantas palavras, alinhavá-las a mim ou permitir que se dissolvam ao tempo, penso, que algumas palavras criam o nosso rosto, o nosso jeito de ser...assim penso de você, quando te vejo dormindo como aquele menino que sempre morou em mim e leio: amor, confiança, cuidado e futuro.
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