segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Com emoção e doçura


Como referência, tomo o rumo das brisas. Ainda não descobri onde ancorar este meu possível-barco verdade, se em recifes inundados de luz e rendas ou na transparência sonhada do cais.
como referência, tomo o rumo do sol que lindamente morre para renascer mais belo amanhã. Fecho meus olhos e desenho seu contorno vermelho, onde os olhos do amor pode enxergar sem receio. Lá no distante onde a restrição da visão só alcança segurando as mãos do amor. E quando guardo, guardo com as chaves do perceptível, porque é só assim que se tem plenamente.
Como referência, tomo o rumo das aves, pois se que guiadas pelo instinto conhecem melhor os caminhos dos céus e dos homens...e bato minhas asas com idêntica ansiedade, porque é preciso chegar.
Um dia me disseram que chegar é mais doce que partir, mas aqui dentro, me reservo o direito de ficar sempre, enquanto for preciso. Nada me convence que partir é o melhor caminho.
Como um garimpeiro sei onde anda escondido meu tesouro. Mágica situação me faz ser viajante. Mesmo que , estáticamente parada, pois pelos caminhos do meu pensamento estou sempre a procura de minha pedra preciosa. Que quando refletida em luz, nas palmas de minha mão em cuia, haverá de me dar a certeza de ser a mais bela de todas as pedras que reluzem. Pedra que guardarei como tudo que busco com determinação. Tenho uma coleção delas expostas em meus olhos e outras tantas que me enchem de luz quando estou feliz e verdadeira.
Como referência, procuro o rumo de suas mãos, embarcação de pluma.
Em todos os gestos desfolho a minha rosa dos ventos e ventanias...e quando ainda não for tarde para mim e nem para você, colocarei minhas rosas no vaso e sentarei na sacada. Cansada de te esperar, olharei tonta de emoção a doçura de nossas vidas.

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